domingo, 21 de janeiro de 2018

Marvel Cinematic Universe, Lista dos Lançamentos

Para quem é fã dos filmes da Marvel, mas não consegue acompanhar todos os lançamentos, tá aqui uma listinha com tudo que já passou e o que vem por aí. Considere que todos os filmes serão lançados em trilogias e por isso já prevejo alguns que ainda não foram confirmados.

A legenda é a seguinte:

Filme - One Shot - Séries (ABC - Disney+ -  HULU - FreeformNetflix)

=====PHASE XX=====
20xx-xx-xx - Ant-Man 3
20xx-xx-xx - Doctor Strange 3
20xx-xx-xx - Spider-Man 3
20xx-xx-xx - Black Panther 3
20xx-xx-xx - Captain Marvel 2
20xx-xx-xx - Captain Marvel 3
20xx-xx-xx - Black Widow 2
20xx-xx-xx - Black Widow 3
20xx-xx-xx - Eternals 2
20xx-xx-xx - Eternals 3
20xx-xx-xx - Shang-Chi 2
20xx-xx-xx - Shang-Chi 3
20xx-xx-xx - Blade 1
20xx-xx-xx - Blade 2
20xx-xx-xx - Blade 3
20xx-xx-xx - Guardians of the Galaxy vol.3
20xx-xx-xx - Ms. Marvel
20xx-xx-xx - Moon Knight
20xx-xx-xx - She-Hulk
2023-11-03 - ?????
2023-07-28 - ?????
2023-05-05 - ?????
2023-02-17 - ?????
2022-10-07 - ?????
2022-07-29 - ?????
2022-05-06 - Black Panther 2
2022-02-18 - ?????
=====PHASE 04===================
2021-11-05 - Thor: Love and Thunder
2021-xx-xx - Hawkeye
2021-xx-xx - What If…?
2021-07-16 - Spider-Man 3
2021-xx-xx - Loki
2021-05-07 - Doctor Strange in the Multiverse of Madness
2021-xx-xx - WandaVision
2021-02-12 - Shang-Chi and the Legend of the Ten Rings
2020-11-06 - Eternals
2020-xx-xx - Agents of S.H.I.E.L.D. season 07
2020-xx-xx - The Falcon and the Winter Soldier
2020-05-01 - Black Widow 1
2019-12-13 - Runaways season 03
=====PHASE 03 - The Infinity Saga=====
2019-07-05 - Spider-Man: Far From Home
2019-06-14 - Jessica Jones season 03
2017-05-10 - Agents of S.H.I.E.L.D. season 06
2019-04-26 - Avengers: Infinity War Part 2
2019-04-04 - Cloak & Dagger season 02
2019-03-08 - Captain Marvel
2019-01-18 - The Punisher season 02
2018-12-21 - Runaways season 02
2018-10-19 - Daredevil season 03
2017-09-07 - Iron Fist season 02
2018-07-06 - Ant-Man and the Wasp
2018-06-22 - Luke Cage season 02
2018-06-07 - Cloak & Dagger season 01
2018-05-04 - Avengers: Infinity War
2018-03-08 - Jessica Jones season 02
2018-02-16 - Black Panther
2017-12-01 - Agents of S.H.I.E.L.D. season 05
2017-11-21 - Runaways season 01
2017-11-17 - The Punisher season 01
2017-11-03 - Thor: Ragnarok
2017-09-29 - Inhumans season 01
2017-08-18 - The Defenders season 01
2017-07-07 - Spider-Man: Homecoming
2017-05-05 - Guardians of the Galaxy vol.2
2017-03-17 - Iron Fist season 01
2016-11-04 - Doctor Strange
2016-09-30 - Luke Cage season 01
2016-09-20 - Agents of S.H.I.E.L.D. season 04
2016-05-06 - Captain America: Civil War
=====PHASE 02 - The Infinity Saga=====
2016-03-18 - Daredevil season 02
2016-01-19 - Agent Carter season 02
2015-11-20 - Jessica Jones season 01
2015-09-29 - Agents of S.H.I.E.L.D. season 03
2015-07-17 - Ant-Man
2015-05-01 - Avengers: Age of Ultron
2015-04-10 - Daredevil season 01
2015-01-06 - Agent Carter season 01
2014-08-01 - Guardians of the Galaxy
2014-09-23 - Agents of S.H.I.E.L.D. season 02
2014-04-04 - Captain America: The Winter Soldier
2014-02-04 - Marvel One Shot, All Hail The King
2013-11-08 - Thor: The Dark World
2013-09-24 - Agents of S.H.I.E.L.D. season 01
2013-09-24 - Marvel One Shot, Agent Carter
2013-05-03 - Iron Man 3
=====PHASE 01 - The Infinity Saga=====
2012-08-29 - Marvel One Shot, Item 47
2012-05-04 - Avengers
2011-10-25 - Marvel One Shot, A Funny Thing Happened on the Way to Thor's Hammer
2011-07-22 - Captain America: The First Avenger
2011-09-01 - Marvel One Shot, The Consultant
2011-05-06 - Thor
2010-05-07 - Iron Man 2
2008-06-13 - The Incredible Hulk
2008-05-02 - Iron Man
=====PHASE 00===================
2003-06-27 - Hulk

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Eras Heroicas - Alvorecer de Intrigas, Os Primeiros Herois.

Um Aliado Improvável.

Chega um momento na vida de todo elfo em que ele deve iniciar uma jornada por novos conhecimentos. É assim que sustentam sua cultura e ampliam o número de tomos de suas bibliotecas. E para um elfo em particular, essa jornada está para começar. Ele é Herinn Ludvick, um jovem mago que acaba de completar as últimas tarefas passadas por Thosloran Fëvavashj, seu mestre.
– Com isso chega o momento em que o mundo tem mais a lhe ensinar do que eu. – diz o mestre.
Herinn põe-se em espanto, cheio de duvidas. – O mundo? Devo partir de Ilyamár? E se não estiver preparado para compreender quando encontrar algo novo?
– Saberá, pois lhe direi o que procurar, de inicio. – diz seu mestre, finalizando. – Há uma noticia sendo contada por vários anões que chegam aqui com suas caravanas pilhadas e membros feridos. Eles dizem que muitos estão sendo atacados por orcs, uma raça de homens degenerados. Procure encontra-los e tente conhecer seus hábitos, pois só os conhecendo é que saberemos como lidar com eles.
Herinn consente com a cabeça e permanece de pé em frente ao seu mestre, com um olhar perdido no espaço, em busca de palavras que deem sentido aos seus pensamentos de dúvida e medo. Enquanto seu mestre via o discípulo como um pássaro que já possui as asas e o vigor necessários para alçar voo, mas reluta em pedir por mais tempo no ninho. Por fim Thosloran sinaliza com a cabeça e se retira. Quando Herinn percebe, ergue seu queixo e arregala os olhos, espantado com a saída repentina de seu mestre. Nisso, o mestre para novamente e, de costas para Herinn, ergue a cabeça e exclama.
– Você deverá partir amanhã cedo ou deverei renunciar minha posição como seu mentor. – Então baixa novamente sua cabeça e continua a caminhar na direção da porta da frente.
No dia seguinte, Herinn acorda com os primeiros raios de sol e faz seu desjejum em silêncio. Sua mente está relutante, focada no desejo de rejeitar seu destino, mas nenhum pensamento se forma para impedir. Seu mestre está certo.
Ele toma seu cajado, seus suprimentos são dispostos em sua mochila e tudo está pronto. O jovem mago ergue-se e volta seu olha para onde foi sua morada, seus olhos procuram por algo que possa ter esquecido e sua mente transborda em lembranças que ficarão para trás. E então ele se vira e parte, sem dar adeus a ninguém. Nem para seu mestre.

Após três dias de viagem pela rota comercial, Herinn ouve o deslocamento de muitos passos às suas costas. Ele olha para trás e vê com clareza que não se tratam de elfos nem anões e, apesar de lembrarem os humanos, são muito mais asquerosos. Então surge o desejo de que tivesse mais tempo antes de se encontrar com orcs. Herinn corre, mas os orcs já haviam lhe visto e correm em seu encalço. Não importa o esforço, os orcs correm mais rápido e logo o alcançarão. Porém, em uma ligeira curva na estrada, um braço surge e o puxa para dentro da vegetação. Herinn se assusta, pois o que vê é o rosto de um orc magro, se comparado aos que lhe perseguiam. Ele tenta gritar, mas uma mão tapa sua boca.
– Fique quieto e não grite! Vou te ajudar. – afirma o orc magro.
O bando de orcs passa e não encontra Herinn no caminho adiante, eles se espalham e começam a procurar na vegetação nos dois lados da estrada. Nesse momento os dois podem observar o grupo e podem contar vinte e três orcs armados com pedaços de madeira e vestidos com trapos de couro e peças de metal anão. Porém um deles carrega um machado grande e sua armadura impõe mais respeito. Este orc do machado grande é quem dá as ordens e indica onde cada um deve procurar. Eles chegam bem perto, mas quando tudo parecia perdido, o orc magro apanha uma pedra e a lança para o outro lado da estrada, fazendo barulho no meio das folhagens. Isso chama a atenção do grupo. O orc magro faz um sinal enquanto olha para o outro lado da estrada, onde é possível ver um urso. Com o sinal, o urso começa a correr e bramir, levando a atenção com ele para o meio da floresta e para longe do mago.
Então o orc solta a boca de Herinn que parece mais calmo e exclama. – Obrigado, mas por que um orc está me salvando?
O orc franze o rosto com ira. – Sou um homem, não sou um orc! E não gosto deles.
– Certo, perdoe minha falta de percepção. – responde Herinn, com duvida. – Então, por qual nome devo chama-lo?
Horgrad, é como meu mestre me chamava... Esse é meu nome. – Horgrad afirma, solenemente.
– Então você também é um mago? – indaga Herinn.
– Não, sou um druida, meu mestre aprendeu sobre magias conjuradas com a força da natureza na época em que o homens serviam os elfos. – responde Horgrad.
– Compreendo, mas nesse caso seu mestre deve ser muito velho, velho de mais, se for um homem. – conclui Herinn.
Nesse momento Horgrad olha para os lados como quem lembra ter deixado de notar coisas importantes ao redor. – Isso, ele é, mas vamos andando, pois os orcs podem voltar a qualquer momento. Não tenho o que fazer e você parece ter para onde ir, então te acompanharei para te deixar longe de encrenca. – finaliza Horgrad.
– Apesar da aparência, há gentileza em suas intenções, sinto que podemos nos tornar bons amigos! – exclama Herinn enquanto começa a caminhar, acompanhando Horgrad.
Ao ouvir Herinn, um elfo, insinuar que estava tencionado a tratar Horgrad como um amigo, o meio-orc vira-se tentando esconder um largo sorriso e apressa o passo enquanto pensa por quanto tempo já havia desistido de ter amigos além dos animais da floresta.
Em algumas horas de viagem, o urso de Horgrad, Pedo, retorna retorna para acompanha-los.
A dupla tem uma viajem tranquila até o final do dia e uma noite igualmente calma. Mas no segundo dia eles são surpreendidos por orcs saindo do meio da mata, aos dois lados da estrada, logo em frente. A dupla tenta voltar, mas é tarde de mais, foram pegos em uma emboscada. Eles são capturados e colocados em jaulas de madeira, com tábuas presas por tiras de couro. Nisso, Pedo corre para o meio da floresta e escapa dos orcs.
E dentre os orcs, aquele que carrega um machado grande ri enquanto olha para Horgrad, encolhido na pequena jaula, e diz. – Até que enfim a gente te pegou, seu rato fujão, o pai vai ficar contente! – Ele bate na jaula de Horgrad com a lateral do machado e ri exageradamente. Por fim, o grupo de orcs recebe ordens para partirem com a dupla enjaulada.

Um Deslize Fatal.

Com o aumento dos saques às caravanas, Tirbalrathkh Einkill, senhor da cidadela Azbâr, deve confiar em sua neta para proteger uma preciosa carga de lingotes de prata. Para tanto, Tirbalrathkh Graka recebe a permissão para contratar os serviços de Kelderek McGregor, um humano conhecido na região por rastrear orcs e recuperar saques.
Apesar das dificuldades em rastrear Kelderek, ele fora informado por comerciantes sobre o serviço e visitou a cidadela anã na companhia de seu meio-irmão, Dominick Lupin, com a promessa de um bom pagamento pela escolta. Lá são recebidos por Graka que planeja o itinerário e finaliza os preparativos para a viagem.
No dia da partida, Graka, Kelderek e Lupin se reúnem com dois anões comerciantes, que farão a negociação da mercadoria perante os elfos.
– Kelderek, temos uma carga importante para transportar e espero que você possa garantir nossa segurança ao adiantar os passos dos orcs. – diz Graka.
– Estou acostumado a procurar por sinais de orcs, farei o meu melhor! – exclama Kelderek.
– Espero que sim, mas meu contrato é apenas com você, por isso ficarei atento ao seu acompanhante para que não cause problemas. E não espere que ele seja pago por nos acompanhar. – Graka afirma com desconfiança.
– Não se preocupe, ele é meu irmão e minha responsabilidade. Dividirei meu pagamento com ele. – responde Kelderek.
– Perfeito! Nesse caso, aqui estão suas cinco peças de ouro. – Graka pega sua bolsa de moedas, retira cinco peças e as entrega para Kelderek que repassa duas para Lupin.
Nisso Graka dá o sinal para partirem, desejando que a viagem seja tranquila, mas determinada em defender o orgulho de seu povo, caso seja necessário.

A caravana avançou com tranquilidade até atravessarem a ponte da estrada, no oitavo dia de viagem. Andaram mais algumas horas antes de montarem acampamento. Kelderek faz a primeira vigília, onde aproveita para rastrear orcs e encontra sinais recentes. O grupo fica apreensivo com a noticia. Kelderek demonstra cansaço anormal e dorme durante a vigília, deixando de acordar a próxima pessoa. Pela manhã Graka acorda e se depara com uma cena horrível. Seus dois companheiros anões estavam mortos e a carroça que deveria estar ao lado deles havia desaparecido junto com os cavalos.
Graka acorda Kelderek e Lupin às bofetadas e palavrões, pois sabia que era culpa deles que seus amigos estavam mortos. Sorte ela ainda estar viva para se vingar.
– Kelderek, acorde e veja o que você fez! Estão mortos! – esbraveja Graka.
O patrulheiro abre os olhos e, ainda sonolento, indaga – Mortos?
– Sim, mortos! Por SUA culpa! Te contratei para nos proteger, não para dormir enquanto morremos! – esbraveja Graka.
Kelderek sente o peso de seu erro, ele reclina a cabeça e os ombros com o pesar e seus olhos fecham com a tristeza de falhar. Então subitamente ele se ergue novamente e com determinação no olhar retira cinco peças de ouro da bolsa e as entrega para Graka. – Pegue seu dinheiro, tudo que quero agora é minha honra de volta. Não descansarei enquanto não encontrar quem fez isso. – com essas palavras ele caminha na direção dos anões mortos e começa a procurar pistas, encontrando várias pegadas de orcs. Enquanto isso Lupin se levanta após acordar com o susto das bravatas de Graka e junta suas coisas ao perceber que em breve levantarão acampamento. O trio levanta acampamento com pressa e parte pela trilha de Kelderek, que nesse momento concentra toda sua determinação em encontrar quem se aproveitou de seu momento de fraqueza.
Eles seguem por uma elevação até uma área com arbustos densos, por onde foi forçada uma trilha larga. Ao entrarem em meio aos arbustos, logo encaram uma cena de folhagens cobertas com sangue e partes dos cavalos. Um notório banquete selvagem. O grupo atravessa a cena, com a certeza de estarem no caminho certo, mas em nenhum ponto do caminho encontram trilhas de carroça. O que lhes dá a imaginação de que haviam orcs suficientes para carrega-la.
Depois de algum tempo, eles se aproximam das montanhas, onde o terreno desce abruptamente em uma rampa curvada para a esquerda, ladeada por um paredão de pedra. Ao final da rampa, o terreno abre mais amplo enquanto a trilha continua curvando-se para a esquerda e terminando na entrada de uma caverna, por onde a trilha dos orcs atravessa.  Os três se posicionam em meio aos arbustos logo à frente da caverna e percebem que em seu interior algo crepita com luzes cambaleantes. Sem duvidas há orcs lá dentro. Eles permanecem lá por algum tempo, buscando por um sinal, algo para acreditarem que não terão problemas. Mas nada acontece. Após algum tempo a paciência termina e eles decidem entrar, então ouvem algo descendo o caminho por onde vieram. Eram orcs, um bando deles, trazendo duas jaulas com prisioneiros. Um deles era um elfo.
O grupo permanece lá por mais algum tempo, atônitos com a quantidade de orcs que passaram por eles. Então Graka empunha seu machado e salta de dentro do arbusto, decidida em entrar. Kelderek e Lupin sinalizam para que volte, mas é tarde, Graka já entrou no corredor escuro. Eles contemplam a silhueta da anã diminuindo, rumo ao interior da caverna até que ela para e eles imaginam o motivo.Graka vê uma enorme fogueira criando fumaça que é absorvida por um buraco no teto, como em uma chaminé. Há muitos orcs, algo em torno de duzentos, que bebem e comem em comemoração a algo. Logo depois da fogueira e dos orcs em roda, há cinco tronos, sendo que o do meio se destaca pelo tamanho maior. Neles há cinco orcs sentados, cada um com armas apoiadas de seus lados. Provavelmente o do meio, mais velho, é o líder do bando e seus filhos o ajudam a controlar o contingente.
Kelderek e Lupin se aproximam de Graka e o patrulheiro percebe que na fogueira há corpos com forma humanoide. Logo no fundo da caverna há uma cela onde é possível ver muitos cativos, entre anões, elfos e humanos. E mais próximo é possível ver as pequenas jaulas confinando os dois novos prisioneiros. Kelderek observa as proximidades por algo que possa lhe ajudar a resgata-los, percebendo que há muito esgoto acumulado no entorno das paredes, onde foi cavado um fosso raso. Ele não vacila, junta lama e fezes de orc do fosso e cobre seu corpo com a massa asquerosa. Após quase fraquejar com o odor, ele mergulha naquela lama e rasteja na direção das jaulas. Chegando próximo da primeira jaula, Kelderek percebe que se trata de um orc, mas se aproxima para obter informações.
– Ei, porque os orcs prenderiam um dos seus aqui? – sussurra Kelderek.
– O que você faz aqui? Eles vão te matar! – exclama o orc na jaula. – E sou um homem, eles estão comemorando porque me capturaram. – conclui o orc.
– Um homem? Nunca vi um homem como você, mas vou te ajudar. Qual é o seu nome? - questiona Kelderek enquanto saca sua machadinha e começa a romper as amarrações da jaula.
– Sou Horgrad e aquele na outra jaula é Herinn, um elfo de Ilyamár. – Horgrad responde enquanto vira-se para vigiar a movimentação dos orcs.
– Que bom, vejo que já se conhecem. Cuide dos orcs enquanto liberto seu amigo. – fala Kelderek, enquanto termina de desfazer as amarras da jaula de Horgrad e rasteja na direção da jaula de Herinn.
Nesse momento um orc cambaleante percebe a movimentação e vem na direção das jaulas,tentando manter sua bebida dentro da caneca e para ao lado de Kelderek. – Ei, ^você tá bem bebado, né? Andou caindo na sujeira e tá fedendo. Toma essa cerveja aqui pra esquecer a catinga! – O orc empurra o caneco na direção de Kelderek e exige que ele o pegue.
– Não, obrigado, já bebi de mais. – responde Kelderek.
– Bobagem, não existe essa coisa de beber de mais. Pega e bebe! – Retruca o orc.
Kelderek pega o caneco e bebe um largo gole de uma cerveja muito forte, tanto que apenas esse gole quase o pôs no chão. Mas o orc se dá por satisfeito e com um largo sorriso feral se afasta para pegar um novo caneco. Nisso Kelderek se volta para libertar Herinn.
Enquanto isso, Lupin e Graka continuam na entrada da caverna, protegidos pela penumbra. Lupin percebe a movimentação entre os lideres e nota que um deles estranhou a agitação com as jaulas. Ele está apanhando seu martelo enquanto olha na direção de Kelderek. No mesmo instante, apenas seguindo os passos de seu irmão, Lupin também cobre seu corpo com dejetos dos orcs com a intenção de entrar sem ser notado. Em vão. Logo em seguida Kelderek solta Herinn e segura seu braço em disparada, seguindo Horgrad que conjura chamas em dois barris de cerveja orc que explodem e arremessam chamas em vários orcs próximos. Muitos deles se assustam e com a correria mais barris incendeiam e explodem. O caos toma conta da caverna, criando a perfeita oportunidade de fuga. Kelderek, Herinn e correm para fora da caverna, trazendo Graka e Lupin. Horgrad vem por ultimo e para, voltando-se para o caos de explosões para conjurar chamas no rosto do lider dos orcs e sai, depois de ve-lo ser amparado por seus companheiros a tempo de lançar um olhar de ódio para Horgrad.

domingo, 23 de outubro de 2016

Eras Heroicas - O perfil de Tirbalrathkh Graka.

Neta do  4º uzrak de Azbâr, a cidadela dos anões, e criada por ele como filha após o desaparecimento de seu pai. Sobre seus pais, tudo que sabe é que sua mãe morreu durante o assalto da caravana em que participava e que seu pai enlouqueceu com a fúria quando recebeu a noticia, esquecendo de seus compromisso e do perigo que enfrentaria para embrenhar a vastidão da floresta em busca dos assassinos de sua esposa. E há um aspecto dessa fúria no seu coração.

Devido as circunstâncias, Graka foi criada como guerreira pois seu avô, Tirbalrathkh Einkill, sabia que os privilégios da vida no salão de ouro a tornaria mole de mais para o que estava destinada. Lhe foi ensinado o conhecimento sobre o comercio e as regiões de onde vêm diversas riquezas. Para onde os anões comercializam seus produtos e sobre como barganhar e construir. Mas o conhecimento sempre foi detalhado e metódico de mais para sua natureza simples. Destruir coisas e empunhar armas sempre pareceu mais prazeroso para ela. Aos seis anos já afanava as facas da cozinha para inutilizar seus fios contra a mobilia.

Quando jovem, pouco mais do que é normal para ser uma criança, Graka já empunhava machados diariamente e treinava com os melhores membros da guarda e em alguns momentos obteve sucessos merecidos. Ela conhecia sua posição, mas preferia esquecer disso enquanto se concentrava na arte do combate. Afinal, os anões sabem que em algum dia os orcs podem bater em seus portões.

Eras Heroicas - O perfil de Dominick Lupin.

Desde seu o nascimento, teve uma vida conturbada, sendo filho de um forasteiro e da única filha do líder da aldeia de Janpel. Uma filha bastarda. Lupin cresceu longe de amigos e após a morte de seu avô, seu pai assumiu a liderança do vilarejo. E nesse momento os problemas cresceram. A família de seu avô insistia com a ilegitimidade da liderança de Keldor McGregor, pai de Lupin. E eram fortes opositores de sua iniciativa de pacificação e união com outras aldeias. Em poucos meses foi tramada uma revolta e no meio da noite Keldor foi arrastado de sua cabana, espancado e amarrado em uma trave de madeira para morrer na beira do lago.

Porém Keldor já esperava por um final violento e pediu para sua esposa,  Leonor Lupin, que guardasse uma carta sua. Além de instruções para que ela e Lupin viajassem para Gorindor em busca de Kelderek McGregor, onde estariam seguros. Porém a vida de sua mãe não duraria muito mais. Na mesma noite em que seu marido foi brutalmente assassinado, ela e Lupin foram presos e julgados, não antes dela conseguir entregar a carta e as instruções para o filho, onde seu ultimo pedido como filha do líder anterior, implorou que seu pequeno filho fosse exilado ao invés de condenado à morte.
Assim, os assassinos de seu pai, contrariados, mas respeitosos com a tradição e tementes pela fúria dos ancestrais, levam Lupin até o meio da floresta, vendado, para que não saiba como retornar. Porém ele possuía a carta de seu pai, além de instruções com um mapa, que lhe norteariam a encontrar o caminho para a aldeia de Gorindor. Então o jovem com apenas doze anos já está lutando por sua vida.

Após algum tempo perdido, tentando compreender as notas de seu pai sobre como orientar-se pelas estrelas e pelo sol, ele encontra a estrada comercial e lá aproveita o momento em que as caravanas se recolhiam para roubar o que precisava. O que lhe rendeu hábitos difíceis de corrigir. Após alguns meses de pilhagens, sua solidão fez lembrar da carta e de onde deveria ir. Afinal ele tinha um irmão, quem sabe esse seria seu primeiro amigo. Ele parte para Gorindor e em meio a uma manhã nublada, bate à porta de Kelderek e se surpreende por encontrar um homem bem mais velho e de pouca fala. Kelderek parecia um homem fechado, mas mostrou ter um grande coração, pois recebeu Lupin e o ajudou até quando entrava em problemas tolos.

Mas chegou um dia em que a situação ficou complicada para Lupin. Ele foi visto trocando afeto com a nora do líder do vilarejo. Um ato que poderia ser punido com a morte ou no mínimo castração. A partir de então, para evitar mais problemas, seu irmão começa a leva-lo consigo em suas caçadas na floresta, onde passam muito tempo juntos e longe de complicações.

Eras Heroicas - O perfil de Horgrad.

Não há muita informação sobre onde e como Horgrad nasceu ou sobre como foi abandonado na floresta. Tudo que lhe foi contado por Yeriatapí é que um bebê com traços bestiais foi encontrado entre os nodos de raízes de uma grande faia, provavelmente colocado lá para que fosse devorado por animais selvagens. O ancião já conhecia histórias de recém-nascidos que eram abandonados nas florestas por falta de alimento para a comunidade ou por serem filhos indesejados, mas eram raros os casos em que filhos de orcs com humanas fossem abandonados a própria sorte. Normalmente eles eram abortados com ervas ou métodos menos sutis.

De fato Horgrad sobreviveu sob a tutela de seu pai adotivo. E por ele, o meio-orc aprendeu a desenvolver sua centelha humana, em detrimento ao ímpeto bestial dos orcs. Inclusive aprendendo o conhecimento antigo dos elfos sobre a natureza. Assim sua infância na floresta foi tranquila e repleta de histórias contadas por Yeriatapí, onde sempre era apresentado a exemplos de onde acreditar que todos os homens deveriam ser respeitados e amados. Mas nunca ouvindo nenhuma história sobre orcs.

Porém em sua juventude, Horgrad se aproximou de um assentamento humano e resolveu lhes visitar. Um ato que lhe mostrou a verdadeira natureza humana. Ele foi confundido com um filhote de orc, quase sendo pego pelos homens do assentamento. Em sua fuga para a floresta, foi caçado, mas conseguiu despistar seus malfeitores, mesmo que ferido por flechas. Desde então, Horgrad aprendeu a ter cautela ao se aproximar de humanos e teve conhecimento de sua aparecia bestial. Ele perguntou ao seu pai sobre sua aparência, mas o assunto sempre era desviado com alguma história sem sentido ou sumiço repentino. Então ele resolveu procurar pelos orcs por sua conta.

Ao fim de sua juventude e o começo de sua vida adulta, Horgrad procurou encrenca com orcs inúmeras vezes, sendo capturado em algumas situações e atrapalhando planos em outras, apenas pela emoção e o desejo de conhecer melhor a raça do qual também fazia parte. Talvez essas atitudes tenham justificativa em seu lado bestial ou é o medo natural vindo de seu lado humano, que o impele aos atos impensados. Mas ele nunca tentou compreender isso com seriedade.

Eras Heroicas - O perfil de Kelderek McGregor.

Nascido em Gorindor, é um homem simples e solitário que se sente confortável com a vida na floresta. Aprendeu cedo como agir no mundo selvagem, enquanto acompanhava as caçadas seu pai, Keldor McGregor.

Quando Kelderek aproximava-se de completar onze anos, seu pai partiu em uma missão para salvar seu povo, conforme justificou. Nos meses seguintes, a aldeia sofreu um ataque de orcs e sua mãe, Lynn D'acarter, foi morta para que o pequeno Kelderek fugisse. Nesse momento ele estava sozinho e poucos na vila o ajudavam. O que tornou o aprendizado de seu pai muito útil para sobreviver. Assim, ele cresceu sozinho, passando mais tempo na floresta do que na aldeia, mas sempre ajudando aqueles que eram honestos e bondosos. Habito que o ajudou a desenvolver um punhado de amizades.

Certo dia um jovem surge na aldeia em sua procura, trazendo uma carta escrita por seu pai. Um letra fácil de reconhecer, pois foi com ele que Kelderek aprendeu a ler. Este jovem era seu meio-irmão, Dominick Lupin, que foi recebido como um acalento da saudade de seu pai  – Enfim tenho uma família novamente. – foi o que Kelderek pensou. Mas não demorou muito para perceber que o jovem traria problemas, pois tinha o hábito de cobiçar para si o que era alheio. E Kelderek foi severo em trazer o irmão para suas caçadas, somente para lhe manter longe das pessoas da aldeia e longe de problemas para ele resolver.

Eras Heroicas - O perfil de Herinn Ludvick.

Já muito cedo os elfos aprendem que o que lhes importa e o caminho que pretendem trilhar e onde pretendem chegar, não de onde vieram. E por esse motivo os elfos não trazem recordações sobre pais ou irmãos. Eles tratam seus mentores como como família. Thosloran Fëvavashj era o sinônimo de família para Herinn desde sua infância, onde lhe foram ensinados os modos e a cultura dos elfos. Assim como a estrutura de aprendizado por círculos, onde os jovens ajuizados almejam fazer parte.

Thosloran sempre foi um mestre ausente, fazia curtas instruções e longas tarefas. Mantinha Herinn muito ocupado com diversos afazeres como organizar o alojamento, preparar componentes para poções ou limpar frascos alquimicos. Ele foi um jovem muito atarefado. Mas isso lhe colocou no ritmo certo e manteve sua mente longe dos pensamentos de solidão. Também lhe manteve longe de amizades e isso lhe abriu caminho para uma mente livre de preconceitos. Diferente dos magos normais, que escolhiam escolas de magia especificas e se tornavam transmutadores, evocadores ou ilusionistas, Herinn se manteve universalista e interessado nas escolas ocultas da adivinhação, encantamento e na necromancia. E por esta ultima, seu mestre possuía um maior interesse.

Após muitos anos de aprendizado, Herinn estava pronto para seu teste de iniciação nos circulos. No dia do seu teste, foi levado por seu mestre para uma sala escura com varias almofadas grandes, distribuas pelo chão coberto por tapeçaria. Thosloran pediu que o jovem sentasse, lhe deu um frasco de poção desconhecida e pediu que bebesse. Se tratava de uma poção do sono que o enviou para um sonho profundo de cores e formas, até o momento em que a fisionomia de um gato se formou. Os olhos desse gato eram de uma vivacidade profunda, por onde Herinn se viu mergulhando até perceber que na verdade os olhos do gato eram seus próprios olhos. Nisso ele acordou e um gato estava repousado em seu colo. E ele sabia o nome deste gato, Spin.